Núcleos Coloniais e Agricultura na Amazônia Oitocentista: Uso e Ocupação da terra

Autores

  • Francivaldo Alves Nunes Universidade Federal Fluminense - UFF

Palavras-chave:

Agricultura – Modernidade – Colonização –Núcleos Coloniais – Estado – Século XIX.

Resumo

Fomento a produção, reforma das técnicas agrícolas, intensificação dos sistemas produtivos e aumento da produtividade são algumas diretrizes recorrentes nos projetos de reformulação da agricultura desenvolvidos no Brasil no período Imperial. Na Amazônia a criação dos Núcleos Coloniais, na segunda metade do século XIX, constituem ações governamentais que buscam atender essas demandas. Analisar os elementos que estimulam a formação das Colônias Agrícolas e que nos ajuda a pensar a constituição de paisagens agrárias e os processos de apropriação da terra é a tarefa que nos ocupamos nesta comunicação; entendendo que, além de uma questão de consumo e produção, os Núcleos Coloniais na Amazônia se evidenciaram como espaços de experimentação de novas técnicas produtivas, melhor aproveitamento da terra, do exercício de domínio das matas, promoção do povoamento e disciplinarização dos sujeitos sociais envolvidos na construção deste espaço.

Referências

ABREU, José Coelho da Gama. As regiões Amazônicas: Estudos chorográficos dos Estados do Gram Pará e Amazonas. Lisboa. 1896.
BAENA, Antonio Ladislau Monteiro. Ensaio Corográfico sobre a província do Pará. Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2004.
BAENA, Manoel. Informações sobre as comarcas da Província do Pará: Organizada em virtude do aviso circular do Ministério da Justiça de 20 de setembro de 1883. Pará. 1885. Typ. F. da Costa Júnior.
BEIGUELMAAN, P. A Formação do Povo no Complexo Cafeeiro. São Paulo: Editora Pioneira, 1977.
BEZERRANETO, José Maia & GUZMAN, Décio de Alencar (orgs). Terra Matura: historiografia e história social na Amazônia. Belém: Paka-Tatu, 2002.
COSTA, E. Viotti. Da Senzala à Colônia. São Paulo: Unesp, 1998.
CRUZ, Ernesto. Colonização do Pará. Belém: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, 1958.
DEL PRIORE, Mary & VENÂNCIO, Renato. Uma História da Vida Rural no Brasil. Rio de Janeiro: Ediouro, 2006.
EISENBERG, Peter. Homens Esquecidos, Escravos e Trabalhadores Livres no Brasil. Séculos XVIII e XIX. Campinas: UNICAMP, 1989.
FURTADO, Celso. Formação Econômica do Brasil. Rio de Janeiro, Fundação de Cultura, 1916.
FRANCO, Maria Silvia de Carvalho. Homens esquecidos na Ordem Escravocrata. São Paulo: Kairós, 1983.
LINHARES, Maria Yedda; SILVA, Francisco Carlos Teixeira da. Da História da Agricultura Brasileira. Combates e Controvérsias. São Paulo: Brasiliense, 1981.
LOURENÇO, Fernando Antonio. Agricultura Ilustrada e escravismo nas origens da questão agrária brasileira. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2001
MARTINS, José de Souza. O cativeiro da terra. São Paulo: Hucitec, 1990.
MARTINS, J. de S. A Imigração e a crise do Brasil Agrário. São Paulo, Pioneira, 1973.
SANTOS, Roberto. História Econômica da Amazônia, 1800-1920. São Paulo: T. A. Queiroz, 1980.
SOUZA, J. S. de. Imigração e Colonização em um município açucareiro. São Paulo, FFLCH-USP, 1977, (Dissertação de Mestrado).
SCHWARTZ, Stuart B. Escravos, Roceiros e rebeldes. São Paulo: EDUSC, 2001.
TAUNAY, Carlos. Manual do Agricultor Brasileiro. Rio de Janeiro, Companhia das Letras, 19__.
TOCANTINS, Leandro. Amazônia. Natureza, homem e tempo: uma planificação ecológica. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1982.
VERRÍSSIMO, José. Interesses da Amazônia. Rio de Janeiro: Typ. Do Jornal do Comércio. 1915.
WEISNTEIN, Bárbara. A borracha na Amazônia: Expansão e Decadência (1850-1920). São Paulo. Hucitec – EDUSP, 1993.

Downloads

Edição

Seção

Artigos Científicos