OS AVANÇOS E FRACASSOS DA 15ª CONFERÊNCIA DAS PARTES DE COPENHAGUE: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO

Autores

  • Geraldo José Ferraresi de Araújo Universidade de São Paulo - USP
  • César Machado Carvalho Universidade Federal de São Carlos - UFSCAR

Palavras-chave:

Relações Internacionais, Mudanças Climáticas, Conferência das Partes, COP 15.

Resumo

Com o agravamento das questões climáticas em escala mundial, desde a revolução industrial, as Nações Unidas, através da Conferência das Partes, vem realizando reuniões anuais desde 1995 com o objetivo de criar políticas efetivas, em âmbito global, para mitigação das emissões de gases causadores de efeito estufa. Dentre as COPs realizadas, nesse artigo teremos como objeto a 15ªConferências das Partes de Copenhaguena Dinamarca, cúpula de lideranças globais sem precedentes na história recente da diplomacia.Logo, o objetivo desse trabalho é responder a seguinte pergunta: Quais foram os fracassos e os avanços da 15° Conferência das Partes? Para responder essa pergunta, realizou-se uma pesquisa qualitativa, do tipo exploratório,delineada por pesquisa bibliográfica com a análise de artigos científicos e jornalísticos, através da Internet, entre o período de 01/04/2012 até 20/05/2012, referente à história das COPs, em particular a Conferência de Copenhague. Pela pesquisa realizada, podemos afirmar em resposta a pergunta norteadora deste artigo, que a COP 15, sob a óptica da dimensão ambiental, foi um fracasso, dado a complexidade, divergência e diversidade de interesses em pauta; a metodologia de negociação utilizada na conferência e divergência entre as superpotências climáticas, com destaque para a China e os EUA. Porém, sob ótica da dimensão política, houve avanços, como o comprometimento dos principais países poluidores com ações de mitigação.

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Política Internacional