A VELHICE CANTADA NA MÚSICA BRASILEIRA: REFLEXÕES SOBRE AS REPRESENTAÇÕES DO IDOSO NO IMAGINÁRIO SOCIAL

Autores

  • Aline Silva de Moura Universidade Federal de São Carlos - UFSCar
  • Carla da Silva Santana Universidade Federal de São Carlos - UFSCar
  • Regina Yoneko Dakuzaku Carretta Universidade Federal de São Carlos - UFSCar
  • Beatriz Cardoso Universidade Federal de São Carlos - UFSCar

Palavras-chave:

representação social do idoso, música, terapia ocupacional

Resumo

O envelhecimento populacional das últimas décadas demanda novos modos de se pensar e lidar com os idosos. A música, enquanto linguagem, é um dos meios de se conhecer e representar essa realidade. Assim, por meio da música brasileira, este estudo se propõe conhecer as representações sociais do velho e da velhice, no período compreendido entre 1960-2007, no que concerne ao contexto, ocupações, papéis ocupacionais e identidade do indivíduo idoso. Para isso foram analisadas 45 músicas, coletadas em bancos de letras da internet, a partir da busca por “título da música” com as seguintes palavras-chave: velho(s), velha(s), velhice, envelhecimento, idoso(a). A metodologia proposta foi a pesquisa documental e utilização da técnica de análise de conteúdo para análise de dados, segundo Bardin (1977). Os resultados sugerem que a partir do imaginário social retratado nas músicas brasileiras, o idoso é representado com uma redução e empobrecimento de suas ocupações, que levam a uma perda de papéis e refletem o contexto social no qual se insere, caracterizado pelo distanciamento entre gerações embora, na sociedade atual, os idosos desenvolvam cada vez mais um estilo de vida participativo e integrado, tornando-se novos agentes sociais. A música, enquanto canal de expressão traduz a necessidade da Terapia Ocupacional se envolver e assumir tais questões, uma vez que se propõe a mediar, de forma construtiva, o homem no seu mundo de fazeres e ocupações, devendo assumir, juntamente como os demais profissionais, o papel de agente da transformação e promoção da mudança de valores e hábitos em várias gerações, de forma a construir um novo paradigma de promoção e manutenção da saúde.

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