Minha vida de menina : de diário de uma adolescente a “lugar de memória”

Autores

  • Lúcia Helena da Silva Joviano Faculdade de Filosofia Ciências e Letras Professora Nair Fortes Abu-Merhy / FAFI-PRONAFOR

Palavras-chave:

Diário, Modernismo, lugar de memória.

Resumo

O diário de Alice Dayrell Caldeira Brant, conhecida pelo pseudônimo de Helena Morley, fora publicado em 1942, com o título Minha vida de menina. Nele foram registradas passagens e situações do cotidiano de sua vida familiar e pública, em Diamantina, quando tinha entre 13 e 15 anos, no período de 1893 a 1895. No presente estudo, Minha vida de menina será entendida enquanto um “lugar de memória”, como proposto por Nora (1993) e trilhando os caminhos de Foucault, compreendemos que o olhar depositado sobre uma obra não deve procurar relacionarautomaticamente a mesma ao seu autor, mas sim a um certo discurso, vinculado a uma época regida por determinadas concepções, no caso o Modernismo brasileiro. Assim, o diário íntimo feminino tão em voga na Europa nos séculos XIX e XX torna-se lugar de memória para os brasileiros.

Referências

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